Nosso mundo parece que vai de encontro com o passado e lá permanece por longos anos, ao invés de progredir ele regride; não o mundo cosmo, esse evolui independentemente de nossa vontade, mas ao mundo nosso (realidade) aquele que é palpável, moldável por nós.
Por longos anos os habitantes desse lugar chamado Terra, buscavam desvendar todos os mistérios (e ainda buscam) por trás, além e aquém de nós. Com o passar dos dias, as teorias saídas do próprio pensar deram lugar àquelas que eram comprovadas, derrubadas e revividas em todas as épocas, em todos os séculos, muitas permanecem vivas e invioláveis, mas outras sucumbem à potência e à luz da própria verdade.
A verdade, se olhada de todas as maneiras cabíveis, dá-se a entender nada mais é do que um poderoso ponto de vista defendido por argumentos tão poderosos, tão superiores à capacidade comum de entender, superior a algumas linhas e vai de encontro certeiro com muitas razões, porém, está tão centrada em pilares e embasamentos fortes, que se sobressai sem um único arranhão.
Por muitos anos muitas coisas foram re-elaboradas, destruídas e revividas, mas aquelas vencedoras foram as nascidas das chamadas “erradas”, sem elas, certamente a verdade demoraria de aparecer, mas certamente e induvidavelmente ela (verdade) surgiria com força total.
Para que então taxar as pessoas – de um ponto de vista – de erradas, se são esses erros que puxam o gatilho para disparar a verdade?
Sabemos sim o porquê, a resposta pode vim como um eco se pararmos um instante para refletir sobre tal assunto. As pessoas parecem não mais se importar com a própria vida e remanejam toda a atenção para a vida alheia, parece ser mais belo e gratificante encontrar e zombar dos erros alheios, do que os próprios. Esse é um erro, infelizmente, não muda com o passar dos séculos, parece incólume e essa estagnação é um retrocesso.
O cerne do problema está na falta de EDUCAÇÃO das pessoas, não é a educação-escola apenas, mas a tudo referido ao conhecimento, à troca, à busca. Vivemos sim em uma era digital e de informatização, mas parece que as pessoas olham mais e fazem prevalecer as partes podres, vis e prejudiciais daquilo que vem para ajudar, do que as partes boas, aquilo que deveria ser um referencial para a transformação.
De outro lado podemos avaliar também esse paradigma, do ponto da intensa procura do conhecer, o conhecimento é sempre moldado à luz da verdade e sempre derrubará sem dor nem piedade as mentiras adquiridas através dos séculos. À luz da verdade tudo tende a ser benfazejo, mas nem sempre o é.
Valteones da Silva Rios
06/08/2008
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